terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Carta para o Papail Noel. Infantil II B. Cinthia.










CARTA PARA O PAPAI NOEL

As crianças fazem ideias muito interessantes e constroem hipóteses de escrita através de atividades desenvolvidas em classe. Dessa forma decidi dividir com vocês uma atividade que envolve escrita espontânea e convencional, de maneira que possam acompanhar esse processo.

Aproveitando o projeto de Natal, escrevemos uma carta para o Papai Noel. Usando a escrita convencional, as crianças elaboraram, a professora escreveu na lousa e as crianças copiaram a seguinte frase:

“QUERIDO PAPAI NOEL

SOMOS BONS AMIGOS,

O PRESENTE QUE QUEREMOS É...”

Depois disso, usando a escrita espontânea as crianças completaram a cartinha, escrevendo o que gostariam de ganhar.

Surgiram algumas escritas espontâneas como as seguintes:

1- NZOLERGUPM – “arminha não de verdade”

2- BLEFA – “Baby Alive”

3- PEFNFMRNR – “Transformers”

4- BL – “bola”

5- MN TELEFO – “mini telefone”

6- RABUZEL – “Rapunzel”

7- BNK – “boneca”

8- CIO BAI – “carrinho da Barbie”

Nas escritas 1,2 e 3 observa-se a completa ausência de vinculação entre a pronúncia das partes de uma palavra, mas a escrita provoca o questionamento do próprio sujeito sobre como se representa graficamente aspectos da realidade, elaborados pelo pensamento verbal. Ele começa a se questionar sobre o papel da escrita, isto é, o que representa escrita e pensamento, embora ainda não estabeleça a correspondência entre as partes. Esse nível de escrita se caracteriza pela caminhada em dois grandes aspectos: um deles é o reconhecimento do papel desempenhado pelas letras na escrita, e o outro é da compreensão ampla da vinculação do discurso oral com o texto escrito.

A medida que a criança começa a se questionar, vai realizando tentativas e se arriscando na formulação de hipóteses para a escrita, também através de brincadeiras como bingo, construindo palavras, resolvendo problemas; forma encontrada nas escritas 4, 5, 6, 7, e 8. Nelas podemos encontrar uma vinculação entre a pronúncia e escrita. A criança conhece os sons das letras, porque ela os associa à inicial das palavras, embora algumas vezes não esteja atenta ao som convencional das letras. A criança pronuncia uma palavra e representa cada sílaba por uma letra; começa a esboçar a necessidade de uma certa ordem das letras na palavra. Essa ordem, entretanto, não tem rigor.

Através de experiências como esta, nossos alunos compreendem o valor e as utilizações sociais da língua escrita, descobrem e percorrem os caminhos que levam à aprendizagem da leitura e escrita, ampliando suas possibilidades de iniciação à comunidade letrada.